Lia era casada com Paulo Pereira Crispim que tinha uma amante ou duas. Lia se desesperou, bebeu além do costume de uma taça e saiu em disparada de choro na Expressa atingindo de morte Antônio de Lins que atravessava a avenida para se casar com Berenice de Jesus.
Do altar, Jesus foi levada para o pronto-socorro em transe ou choque e foi atendida por Rodolfo Nazareno em tempos de depressão com a desfeita da quase noiva e bela Fazia Ayana que, insatisfeita com as incertezas do amor e da fortuna, encontrava-se há tempo com o ex-seminarista e velha paixão Rubens Crespo.
Rubens não havia tratado de seu eterno problema de ejaculação precoce, mas tinha forças para um relacionamento tumultuado e equilíbrio para defender Lia da acusação de homicídio. Fazia ainda conhecerá Lia e poderá deixar Nazareno e Crespo no álbum da memória remota.
Pobre Rubens jamais resolverá sua moléstia, se bem descobrirá subterfúgios, línguas, solilóquios. Sortudo e soturno Rodolfo, como é de seu estilo, se casará com a japonesa Asuka em Pequim, e descobrirá um novo mundo que, no Oriente, se chama, em nome próprio, Azumi Manamiazu, sem notícia, contudo, sobre o seu aprendizado naquelas artes distantes e meio ocultas.
De Berê, pouco se sabe, além do salão-de-beleza, onde trabalhava e, de repente, não mais apareceu, duvida-se se por amor, partida ou profissão. Paulo. Crispim continua com as amantes que têm amantes, relações anônimas e emocionantes próprias dos esconderijos prazerosos, mas eternamente incompletas.
As histórias sem rimas são ovais como o mundo e todo mundo. São verdadeiras e sem retoques, não fosse pela troca dos nomes para evitar problemas de relacionamentos e processos. O clichê não é meu nem de Drummond, perdão ao poeta, mas da vida.
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