Lacan é nome essencial à desconstrução do sujeito moderno. Um sujeito à deriva, um lugar vazio. Ou quase. Segundo o autor francês, o real, o imaginário e o simbólico constituem o sujeito. O real é tudo que foge ou resiste à simbolização. É refratário à linguagem. Não pode ser dito ou representado (o real é o impossível), embora esteja sempre ali presente, sendo mediado pelo imaginário e pelo simbólico.
O imaginário é o processo de formação por meio do qual o sujeito identifica sua imagem como sendo o Eu, diferente do Outro e dos objetos (Estágio do Espelho). O Eu é, portanto, o resultado do Outro ou o "eu especular" que se reflete no espelho do Outro. É o imaginário como dimensão não linguística da psiquê que formula o conhecimento primitivo do Eu. O conhecimento mais elaborado é dado pela reflexão intersubjetiva, pela socialização e pela linguagem. O sujeito se desenvolve, portanto, com sua inserção na ordem simbólica e das normas que disciplinam as condutas humanas. A linguagem ou o simbólico é o meio de acesso à cultura.
Segundo Lacan, o inconsciente é a instância simbólica que se manifesta por meio dos sonhos, dos atos falhos e dos esquecimentos (o inconsciente é estruturado como uma linguagem). Todavia, não foge à lição freudiana de que o ser humano é regido pelas pulsões mais de que por instintos. As pulsões não têm objetos predefinidos nem atendem ao sistema de estímulo e resposta, típico dos animais que agem apelas pelos instintos.
Um comentário:
Bacana. Assistirei. Bom lembrar deles: de Lacan, Freud, sobretudo do INCONSCIENTE, pois ele existe, apesar de não estar na moda...
Adorei o post!
Uma bela semana.
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