Reportagem da Folha de
S.Paulo de 8/12/2013
Os brasileiros se
dividem de maneira igualitária entre direita (39%, sendo 10% de direita, e os
demais 29%, de centro-direita) e esquerda (41%, sendo 10% de esquerda, e 31% de
centro-esquerda) quando se trata de assuntos relacionados a comportamento, valores
e economia.
Nessa divisão, 20% ficam
no centro do espectro ideológico. Ao tratar somente de temas comportamentais e
ligados a valores, os segmentos da população com mais afinidades com a direita
(49%, sendo 12% de direita, e 37%, de centro-direita) ultrapassam os mais
ligados à esquerda (29%, sendo 4% afinados com a esquerda, e 25%, com a
centro-esquerda), e o centro puro ganha espaço (22%).
Quando se consideram
apenas temas econômicos, a maior fatia também fica à esquerda (46%,
considerando 21% de esquerda, e outros 25% de centro-esquerda), enquanto a
direita abrange 26% (8% de direita, e 18%, de centro-direita), e o centro passa
a abrigar 27%.
Questão sobre crença em Deus e debate sobre
drogas são temas que menos dividem brasileiros
Dessa série de frases,
as que menos dividem a população se referem ao uso de drogas e a crença em
Deus: para 87%, acreditar em Deus torna as pessoas melhores, e só 12% acreditam
que crer em Deus não torna uma pessoa melhor. Um índice próximo (83%) avalia que
o uso de drogas deve ser proibido porque prejudica toda a sociedade, e 15% veem
a questão de outra forma e acreditam que não deveria ser proibido porque a
consequência do uso é individual.
Entre duas questões
sobre o mesmo tema, mas com sentidos opostos, as que também tiveram aceitação
de mais de 60% por uma delas se referiam à punição de adolescentes infratores
(72% acreditam que devem ser punidos como adultos, e 26%, que devem ser
reeducados); à posse de armas (68% defendem a proibição, e 30%, a liberação do
uso); à homossexualidade (67% acreditam que deve ser aceita pela sociedade,
enquanto 25% analisam que deve ser desencorajada); à imigração (para 67%,
imigrantes pobres contribuem com a cultura e desenvolvimento local, enquanto
25% acreditam que causam problemas); ao papel do governo (também é de 67% o
índice dos que avaliam que o governo é o principal responsável por investir e
fazer o país crescer, e 24% acreditam que esse papel cabe às empresas
privadas); à pobreza (65% avaliam que a pobreza é causa por falta de
oportunidades, e 32%, que está ligada à preguiça); e à criminalidade (63%
defendem que a criminalidade tem origem na maldade das pessoas, e 34% creem que
seja causada pela falta de oportunidades iguais para todos). Leia mais
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