Meio ambiente é um tema atraente. Uma das boas causas que aparentemente fascinam a todos. Poucos não se sensibilizam com o drama das baleias ameaçadas pelos pescadores japoneses. O urso panda pode muito bem ser a estampa da camisa que usamos em nosso dia a dia, demonstrando nosso apoio à sua preservação.
O efeito estufa é uma desgraça humana. Basta ver o calor e o frio extremos, as secas e a chuvas excessivas aqui e na Rússia. Somos todos a favor da defesa das tartarugas que nunca foram nem serão um dia ninjas. Quem pode ser contra o desenvolvimento sustentável?
Então por que resistimos a adotar práticas mais saudáveis para nós e para o meio ambiente? Esquecemos a luz acesa no quarto e, quando nos damos conta, corremos para apagá-la menos pelo eventual desperdício ambiental, mais pelo gasto a mais no fim do mês. Poucos se preocupam em periodicamente revisar o carro para diminuir a emissão de poluentes.
Quem deixa de fazer compra nos supermercados pelo fato de usarem sacos plásticos para embalagem? Muitos certamente até acham bom, pois os empregam para recolher o lixo de casa. É uma forma de reciclagem, enfim.
Quem não sucumbe ao discurso oficial da política e da economia sobre a necessidade de construir mais usinas hidrelétricas sem os cuidados necessários para evitar estragos ambientais e humanos?
É curioso o paradoxo. Defensores de causas ambientais distantes de nós são heróis da resistência. Quando afetam nossos hábitos e interesses, viram ecoxiitas ou ecochatos. E assim vamos tocando nossa vida, reclamando do frio, do calor, da seca e da chuva, sob acusação dessa humanidade que não tem consciência de seu próprio destino e do futuro das novas gerações.
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