terça-feira, 9 de novembro de 2010

Infeliz dos infelizes

Um infeliz consegue fazer alguém feliz? Perguntou o suicida. Impossibilidade ontológica e funcional, responderam as águas em sua passividade mórbida. Do outro lado do mundo, alguém tentava entender essas palavras em outra língua e, sob os pés e nos pulmões, outras águas. Eram as chuvas do verão que inundavam o mesmo desencantamento e, em coro, diziam: Infeliz dos infelizes, porque deles será o reino das mágoas.

4 comentários:

Balaio da Vivi disse...

Não, José Adércio. Um infeliz não consegue fazer o outro feliz, nem sob tortura, mas, nesta vida, há remédio pra muitos males; conserto, nem tanto.(hehe) Ah, mas a infelicidade tbm tem lá seu charme, ou não? Se não tivesse, o que seria da poesia? E o que seria de nós sem a infelicidade do poeta? Sobretudo sem o saber fazer arte da infelicidade - coisa que os poetas entendem tão bem? Já pensou? Sábias as chuvas de verão que regam o desencantamento... Um abraço.

Anônimo disse...

"A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre." Clarice Lispector

Anônimo disse...

De fato, ninguém pode transmitir o que não tem.
Mas como disse o Balaio, se não fosse a tristeza, a felicidade não existiria; a infelicidade é o espelho da felicidade.
Ah, relatividade. Se não fosses tão esguia...

Anônimo disse...

"Sonhe com o que você quiser. Vá para onde você queira ir.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida
e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos".