segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Direitos dos animais: crítica de Pondé

Luiz Felipe Pondé, em A Carne Ética, lança um olhar crítico sobre os ambientalistas. Leia e reflita. Se não puder ter acesso à íntegra do texto, preste atenção em algumas passagens da tese:
Os europeus, esses cidadãos tão evoluídos e preocupados com um mundo melhor, exigem de nós frigoríficos "humanistas". Mas quais são as duas vertentes do debate acerca do humanismo animal? De um lado do ringue os moderados, ONGs a favor do abate sem sofrimento, com formas confortáveis de transporte e abate (resumido na máxima "Por uma carne ética!"), e do outro lado, os seguidores radicais do filósofo Peter Singer, um utilitarista radical. Como todo utilitarista, ele identifica o "bem" com a minimização do sofrimento.
Segue ainda mais irônico e profundo:
Esses "radicais", parceiros de Singer, se autodenominam "abolicionistas" contra o "especismo". O que é "especismo"? É uma forma de racismo contra os animais. Especista é quem acha que os seres humanos têm mais direitos do que, digamos, camundongos, porcos e baratas. E os piolhos?
Por que essas pessoas "conscientes" não falam dos direitos das rúculas em continuarem, de forma singela, a fazer fotossíntese? Onde está a consciência deles quando torturam seres inocentes como as berinjelas, trituradas entre nossos dentes horrorosos? Não há dúvida de que há algo de monstruoso na humanidade, mas o que me espanta nesses "conscientes" é a cegueira para o fato de que a natureza não seja um mar dócil, mas sim um espaço de violência.
A humanidade tem algo de monstruoso porque ela é parte da natureza. Se dependêssemos desses "conscientes", não teríamos sobrevivido à seleção natural. Teríamos caído paralisados diante da necessidade de matar para sobreviver, por um lado, e pelo outro lado, da dor de consciência por aniquilar a esperança de pequenos antílopes que corriam livres e saltitantes pela savana africana.
Esses caras são uns bobos que nunca viraram gente grande, por isso eles gritam por aí "rats have rights". Gente grande sabe que a felicidade não faz parte dos planos da natureza. O que escolher? A carne ética ou a rúcula santa? Um dia vão sair correndo dando pauladas em quem não se converter à "Santa Alimentação".
Pois bem, digo eu outra vez, com quem está a razão?

3 comentários:

Anônimo disse...

Ao autor do texto:

Caro Luiz

Devemos então matar e saquear preservando nossos instintos de mais forte, em vez de termos ética. A ética não colaborou para a sobrevivência da nossa espécie. Devemos estuprar as mulheres, caso elas não queiram copular conosco, afinal, o que seria da nossa espécie e da seleção natural do mais forte se nossos primitivos ancestrais escolhessem a fêmea que assim também quisesse. Inclusive quem puder com a sua força, deve tomar seus pertences e copular com sua esposa e filhas se você as tiver, e garantir a sobrevivência da prole e dos genes. Afinal, assim como você aprecia picanha, a reprodução é parte da nossa natureza, que fez com que o ato fosse "gostoso". Segundo seu raciocínio, como pode alguém querer tolher o prazer de outrém?

Se pensarmos como você, esses pedófilos então são uns pobres injustiçados... Engravidando as menininhas de 12 anos de idade ou até menos e a sociedade tentando impedir. Como fica o prazer deles com essa coisa de anti-pedofilia. Será que se não fosse por eles seriamos só fezes fossilizadas de tiranossauro? Na época em que todo mundo "comia" todo mundo, independente de idade, fizemos nossa hegemonia no pool genético. E o pior, esses anti-pedófilos são em maior número que os anti-carnívoros. Será que você acha que devemos acabar com os anti-pedófilos, então? Afinal, "paedophiles have rights" se entendi seu modo de ver as coisas. Afinal, a humanidade tem algo de monstruoso porque ela é parte da natureza.

Poderia escrever o dia todo sobre outros "injustiçados" como vendedores de escravos índios, negros, etc (afinal, esses vendedores consideram-se como outra raça) ou sobre o insucesso de Hitler em preservar a raça ariana. Ok, você pode dizer que ai estamos falando da mesma espécie, mas não era o que o próprio Hitler achava.

Agora, deixe eu dizer a verdade. Me sinto bem por saber que o meu texto é irônico, e meus argumentos são asneiras de péssimo gosto propositadamente. O duro é que pelo visto você está falando sério.

Anônimo disse...

Sobre um mundo melhor, achei esses clips.
http://www.youtube.com/watch?v=2lXh2n0aPywhttp://www.youtube.com/watch?v=cbEKAwCoCKw

Anônimo disse...

Poxa, gostei dos clips!
Que inovacao!
Sera' que poderiamos ter politicas para ampliar esses espacos de criatividade? Penso que isso e' politica de liberdade de expressao!