domingo, 29 de novembro de 2009

Os Frutos da Arrogância

Os alemães construíram durante a ditadura Nacional Socialista de Adolf Hitler dez mil e cinco campos de concentração de prisioneiros em toda a Europa, a maior parte deles na Polônia. A arrogância e a estupidez germânica se apresentaram logo após a unificação dos povos de língua alemã – a exceção da Áustria - nos anos 1860, num processo brutal conduzido pelo conde Oto Von Bismarck, dando posse a Guilherme I como primeiro Imperador (Kaiser) da Alemanha. “Ferro e Sangue” tornou-se o lema alemão.
Unidos, os alemães resolveram crescer e enriquecer o mais rapidamente possível, pois a “Alemanha estava predestinada a dominar o mundo”. Em 1870 aproveitando uma fanfarronada do estúpido Imperador da França, Napoleão III, entraram em guerra com os franceses e os venceram infligindo-lhes uma derrota humilhante.
De 1871 em diante a humanidade enfrenta um período de paz e prosperidade, que foi chamado de “Belle Époque”, até os canhões voltarem a troar em agosto de 1914. Nessas duas gerações, três nações: EUA, Japão e Alemanha prosperaram rapidamente juntando-se a Inglaterra, França e Áustria como as nações mais poderosas do mundo.
O ódio entre a França e a Alemanha tornou-se visceral, já que os orgulhosos franceses – que com Napoleão tanto maltrataram os alemães – aguardavam o momento de se vingar da tragédia de 1871. E estava fácil, a Alemanha lhes daria todos os motivos para uma guerra, o novo Kaiser (César) da Alemanha, Guilherme II já tinha um plano pronto para atacar a França. Guilherme II, um homem arrogante e recalcado – tinha um braço paralisado - tratou de procurar insultar ao máximo os outros governantes europeus.
E conseguiu junto com seus “irmãos” austríacos dar início a Primeira Guerra Mundial, em agosto de 1914, transformando essa guerra na maior carnificina da História. A Alemanha capitulou e a França foi à desforra com um tratado cruel retalhando seu território e cobrando indenizações impagáveis, que destruíram sua economia. A orgulhosa Alemanha conheceu o caos, e o desespero tomou o lugar da arrogância. Aí...
Ai apareceu a Besta do Apocalipse. Um cabo austríaco desempregado, de nome Adolf Hitler “atendeu ao chamado” de seu povo através da música de Richard Wagner. Hitler resolve vingar-se dos judeus, comunistas e financistas “os culpados pela derrota da Alemanha” para conduzir seu povo às glórias do passado, criando o Terceiro Reich (Império) Alemão que duraria mil anos. É em Ricardo III que Shakespeare diz que “o inferno está vazio e todos os demônios estão aqui”.
Sim, foi isso que aconteceu. Adolf Hitler esvaziou o inferno, transformando os alemães em demônios. Foram treze anos de brutalidades. Prisões, torturas, assassinatos e uma guerra nos cinco continentes que durou seis anos, ceifando a vida de sessenta milhões de pessoas e martirizando outras centenas de milhões.
O objetivo dos alemães, a “raça ariana”, os “deuses louros” era purificar a raça: deficientes, negros, ciganos, homossexuais e judeus foram presos e assassinados. Aos judeus, chamados por Hitler de bacilos, foi dado tratamento diferenciado.
Mais de seis milhões deles, ou mais da metade dos existentes, foram caçados, presos em condições insuportáveis, assados em fornos industriais: enfim exterminados. A esse crime inenarrável deu-se o nome de Holocausto. É esse crime, recheado de provas irrefutáveis que os muçulmanos e o doentio “presidente” do Irã se recusam a reconhecer.
Contei essa história toda para dizer que: negar o holocausto é desconhecer a história e escarnecer do sofrimento de toda a humanidade. Os alemães se redimiram.
Postado por Theófilo Silva, presidente da Sociedade Shakespeare de Brasília e Colaborador da Rádio do Moreno.

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