quarta-feira, 27 de abril de 2011
Constituição portuguesa perdeu a ideologia marxista
Argumentos ruins: Opinião de Dworkin sobre o Tribunal de Roberts
sábado, 23 de abril de 2011
A resolução da ONU contra críticas às religiões
Testemunhas de Jeová e transfusão de sangue: Irlanda
Europa: Conselho adota resolução sobre a pena de morte
A pena de morte é uma violação aos direitos humanos
Resolução 1807/2011
1. A Assembleia Parlamentar reitera sua oposição à pena de morte em qualquer circunstância. Ela se orgulha de sua contribuição exitosa em quase todos os países da Europa para extirpar essa penaIidade desumana e degradante, por ter feito de sua abolição uma condição de acesso ao Conselho da Europa.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Bambino Cattivo
Sono un vecchio
bambino senza ricordi, solo leste
ricognizioni tra nuvole di mosche
tentando di ucciderle, prima di cena,
quando la sera cade come un muro.
Sono un vecchio
bambino senza ricordi, solo leste
ricognizioni tra nuvole di mosche
tentando di ucciderle, prima di cena,
quando la sera cade come un muro.
É possível reconciliar controle de constitucionalidade e soberania parlamentar?
Novo desafio à liberdade de comunicação nos EUA
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Índice do Estado de Direito
Inside Job e a naturalização da injustiça
“Inside Job” [Trabalho 'Inteno'] é um documentário muito bom, mas com um potencial defeito: induzir-nos duas reações terríveis. Uma, nacionalista, a lamentar que tenha tirado o Oscar das mãos do lixo carioca, enlatado para gringo, é verdade, mas também um grande documentário. Um "Lixo Extraordinário". A outra reação é, todavia, mais grave.
Podemos terminar de ver o documentário com a sensação de que vivemos ainda em sociedade de castas ou de estados. E não podemos mudar o destino das coisas. Há os que nascem, vivem e morrem para trabalhar e se submeter aos rigores da lei, enquanto outros vêm ao mundo para fazer o que bem quiserem, furtando-se às consequências negativas de seus atos.
Uns são corpos e almas à disposição dos comandos e das normas. Outros são seres indiferentes às ordens morais e jurídicas. E imunes às suas penalidades. Podemos adotar duas atitudes em relação a essa injustiça natural. Uma é acreditar nas sanções espirituais. E nos conformarmos. Há um Deus que a tudo vê e, no juízo final, apurará as contas de cada um.
A segunda é professarmos outra crença: a de que poderemos ser um deles. Passaremos a vida a imitá-los, bajulá-los e defendê-los. Serviçais de seus prazeres, não custaremos a encontrar a saída. Dolorosa saída. Sequer cheiraremos o mesmo pó e, ainda por cima, pagaremos por tráfico. Sem direito de defesa.
Mas o documentário tem uma virtude poderosa. Não se trata apenas de apontar o cinismo do sistema capitalista ou a promiscuidade entre o poder político e o poder econômico. Há algo de revolucionário em seu final. Instigar-nos a um inside job mais proveitoso: em que mundo vivemos, convertidos, convencidos ou acomodados. E o que podemos e devemos fazer para mudá-lo.
domingo, 10 de abril de 2011
Altruísmo por necessidade de sobrevivência
sábado, 9 de abril de 2011
Eleições para juízes [Sandy Levinson]
O que será que as pessoas de direita (ou de esquerda) pensam sobre eleições para a magistratura? A sabedoria convencional sobre as elites tradicionais "não foi bastante." Elas politizaram um processo que deveria, idealmente, ser dedicado à descoberta e à escolha dos "melhores homens e mulheres", que irão executar as tarefas de julgar de forma adequadamente não-política. O problema, claro, é que não há nenhuma razão para acreditar que retirar a competência de nomeação dos presidentes ou governadores "despolitiza" o processo. Pode até torná-lo ainda mais opaco.
Os juízes erram: Associações podem demitir homossexuais
Dez regras para escrever melhor (The Guardian)
Há cerca de um ano, The Guardian publicou uma espécie de manual da boa escrita, ouvindo autores e críticos como Diana Athill, Margaret Atwood, Roddy Doyle, Helen Dunmore, Geoff Dyer, Anne Enright, Richard Ford, Jonathan Franzen, Esther Freud, Neil Gaiman,David Hare, PD James e AL Kennedy. Fizemos um apanhado das dez regras mais importantes que apontaram:
1. Não espere pela inspiração. Transpire, insista e não desista. A disciplina é o segredo (Esther Freud). Ironicamente Geoff Dyer também aconselha a escrever todos os dias. Criar o hábito de transcrever em palavras suas observações acabará virando instinto. Essa é a regra mais importante de todas, embora não a siga. Ironia à parte, é com o hábito da escrita que achará seu estilo. Disse Jeanette Winterson: “Discipline allows creative freedom. No discipline equals no freedom”.
2. Não esperar pela inspiração não significa descartá-la. Escute uma boa música, preste atenção numa fotografia ou pintura. Principalmente, leia muito e com seletividade. Péssima escrita, disse PD James, é contagiosa. As belas, as boas, também.
3. Leia em voz alta o texto escrito para ter certeza de que o ritmo das frases está bom. As prosas são complexas, não bastando apurar o ritmo apenas com o pensamento. Como escreveu Esther Freud, se não rolar um pouco de magia, está faltando algo.
4. Corte o supérfluo, o que não for essencial. Economia das palavras é a regra em todas as recomendações. Por todos, Sarah Waters: “Cut like crazy. Less is more”.
5. Confie na inteligência do leitor. Nem tudo precisa ser explicado (Esther Freud).
6. Escrever exige leitura, re-escrita, descarte. Use um dicionário e uma gramática pelo menos. Escrever é uma arte, um trabalho (com retrabalhos) e um jogo (Margaret Atwood). O dicionário é para situações de apuro. Como disse Roddy Doyle, a simplicidade deve ser a regra. A primeira palavra que vem à cabeça tende a ser a melhor. Para ele, o ideal é manter o dicionário num galpão no fundo do jardim ou atrás da geladeira, em algum lugar que exija caminhada ou esforço.
7. Teste o texto com amigos ou pessoas de sua confiança. Mas cuidado. Quando as pessoas dizem que, no texto, algo está errado ou não funciona bem para elas, quase sempre estão certas. Entretanto, quando dizem exatamente o que está errado e como corrigi-lo, quase sempre estão erradas. O lembrete é de Neil Gaiman.
8. Se travou, deu branco, é hora de parar um pouco. Mas não o bastante para perder a ideia e as palavras (Hilary Mantel). E o desejo.
9. Sempre tome nota de seus insights. A memória só retém informações por três minutos. Como as ideias surgem, muitas vezes, inesperadamente, não corra o risco de perdê-las (Will Self).
10. Pense sempre com Anne Enright: “Only bad writers think that their work is really good”.
Regra não escrita: desconfie de todas as regras anteriores. E, se estiver seguro, descumpra algumas ou todas.