quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A locura dos grandes

Os gregos disseram que “os deuses enlouquecem os homens antes de destruí-los”. Sabemos que a loucura foi vista até o século XIX como uma doença demoníaca. Shakespeare não acreditava que a loucura fosse coisa do demônio, como seus contemporâneos, mas enlouqueceu alguns de seus personagens antes de suas mortes.
O caso mais notório é o de Macbeth e sua esposa. Ambos matam o rei da Escócia, quase como um fato corriqueiro, como se matar fosse um ato como outro qualquer, sem conseqüências subjetivas! Estavam errados.
Macbeth passa a ter visões sobrenaturais, perde a noção da realidade e acaba “mergulhado em sangue”, morrendo em batalha. Lady Macbeth torna-se sonâmbula e termina por suicidar-se. Falo desses loucos poderosos, para compará-los aos loucos atuais: chefes de estado que nos cercam no momento e que podem destruir a paz mundial.
Falo especificamente de três figuras caricatas: o incendiário presidente da República Teocrática do Irã, Ahmadinejad; da figurinha ridícula, o ditador da Coréia do Norte, Kim Jong Il e o aprendiz de Mussolini, defensor perpétuo da Venezuela, Coronel Hugo Chávez.
Dois deles estão enlouquecidos pelo ódio. Ahmadinejad encarna o ódio dos mulçumanos por Israel; Chávez inveja e odeia mortalmente os EUA e Jong Il é o próprio ódio, já que criou a nação mais sombria dos tempos modernos. Shakespeare disse em Hamlet que: “a loucura dos grandes deve ser vigiada”. Deve mesmo!
Graças à Democracia, nenhum desses ditadores dirige os destinos de uma potência. São nações periféricas que almejam uma posição na ordem mundial que só cabe mesmo na cabeça doentia de seus líderes. Jong Il constrói uma bomba atômica, cercado de cozinheiros e prostitutas escandinavas com dois terços de seu povo passando fome.
Ahmadinejad nega o maior crime da história da humanidade, o holocausto judeu, mergulhado na ignorância do Islã, sonhando com uma bomba atômica. Chávez perpetua-se no poder repetindo a lógica de seus heróis dos anos trinta e quarenta, Hitler, Mussolini e Perón, criando milícias e exércitos paralelos, queimando seu vasto petróleo enquanto a Venezuela caminha pra trás.
Essas perigosas figuras ridículas e psicóticas lembram três loucos do passado recente: Gamal Abdel Nasser do Egito, Muammar Kadhafi da Líbia e Sadan Hussein do Iraque. Todos três levaram seu caótico mundo interior para o mundo real. Fizeram muita confusão criando dor e sofrimento para seus povos, mas não conseguiram destruir a ordem mundial.
Os dois primeiros já pagaram o preço, estão sepultados. Kadafi foi obrigado a se recolher a sua insignificância, depois de ser humilhado mundialmente.
Essas figuras são uma prova de que a política é, muitas vezes, uma exteriorização de traumas pessoais. Egocêntricos, esses sujeitos estão sempre se defendendo de alguma coisa, criando inimigos imaginários.
São como os sociopatas, que têm um discurso bastante concatenado, mas dissociado de qualquer sentimento, pois são sexualmente desintegrados e com uma visão distorcida dos homens e do mundo. Claro que existem pequenos loucos; prefeitos, governadores, parlamentares – leiam Foucault - que vivem como farsantes e que nunca são descobertos.
Cabe a todas as vítimas desses monstros, mostrá-los e denunciá-los onde quer que eles estejam. O destino dessas figuras é muito ruim. Chávez, Ahmadinejad e Kim Jong Il não terão um fim diferente dos seus ídolos. Hitler suicidou-se; Mussolini morreu pendurado num gancho como um porco: Saddan Hussein foi enforcado; Milosevic foi envenenado. O bem sempre vence.

Venceremos esses também. Basta que os bons se manifestem!

Postgado por Theófilo Silva, Presidente da Sociedade Shakespeare de Brasília e colaborador da Rádio do Moreno.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bonito texto. Otimista!