Sófia - A Bulgária realiza neste domingo, 5, suas primeiras eleições parlamentares desde que entrou na União Europeia (UE), em 1º de janeiro de 2007, e as sétimas desde a queda do comunismo em 10 de novembro de 1989.
Os 11.404 colégios eleitorais da Bulgária abriram às 6 horas (0 hora de Brasília) para que cerca de 6,8 milhões de búlgaros elejam os 240 deputados que os representarão durante os próximos quatro anos.
No total, 20 partidos e coalizões concorrem no pleito no qual os favoritos são o opositor direitista, Cidadãos para Desenvolvimento Europeu da Bulgária (Gerb), liderado pelo prefeito de Sófia, Boiko Borisov; e o Partido Socialista Búlgaro (BSP), liderado pelo primeiro-ministro, Serguei Stanishev.
O populista Borisov, um ex-guarda-costas, se apresentou como um paladino contra a corrupção que reina em todos os níveis da Administração pública, e que provocou que a Comissão Europeia (CE) privasse a Bulgária de 500 milhões de euros em ajudas no ano passado.
O pleito de hoje promete passar sob a sombra de dois fatores que desempenharam um papel decisivo para os resultados finais: a compra e venda de votos e a migração de eleitores com dupla cidadania vindos da vizinha Turquia.
Apesar de todos os partidos advertirem em suas mensagens eleitorais que a compra de votos é um delito, várias investigações jornalísticas revelaram que emissários dos partidos chegaram a oferecer aos cidadãos entre 25 e 50 euros por voto.
A ONG "Transparência Sem Limites" anunciou que mais de 415 mil búlgaros já venderam seu voto, principalmente por motivos de pobreza.
Cerca de 55 observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (Osce) foram deslocados para o país para evitar fraudes durante as votações.
O outro fenômeno, a chegada de eleitores da Turquia, se repete há 20 anos em cada convocação eleitoral.
Segundo dados não oficiais, na Turquia vivem mais de 120 mil pessoas com dupla cidadania, búlgara e turca, e uma considerável parte deles vão votar no partido da minoria turca na Bulgária, o Movimentos de Direitos e Liberdades (DPS).
Vários meios locais preveem que esses votos podem assegurar pelo menos quatro cadeiras ao DPS.
Os colégios eleitorais fecharão suas portas à 19 horas (13 horas de Brasília) e os primeiros resultados oficiais serão anunciados não antes das 23 horas (17 horas de Brasília). (EFE. O Estadão online)
México - O partido que governou o México por sete décadas parece estar conseguindo um histórico retorno nas eleições parlamentares de meio de mandato, realizadas neste domingo. O Partido Revolucionário Institucional (PRI) colhe uma grande votação pela primeira vez desde que perdeu a presidência, em 2000.Com cerca de 45% das urnas apuradas, o PRI obtinha cerca de 35% dos votos para a Câmara dos Deputados, contra cerca de 27% para o conservador Partido da Ação Nacional (PAN), do presidente Felipe Calderón.
"Os resultados demonstram que o México é um país que quer propostas, quer soluções e que não vai tolerar insultos", declarou Beatriz Paredes, líder do PRI. Calderón fez um discurso reconhecendo os resultados e pediu que o novo Congresso trabalhe com o governo para tirar o país da pior crise econômica desde os anos 90. "Agora temos de concentrar nossos esforços na busca dos acordos de que o país necessita para recuperar, o mais cedo possível, o crescimento econômico, a criação de empregos e a segurança pública", afirmou.
Ainda não está claro quantos assentos caberão a cada partido na Câmara dos Deputados, que tem 500 integrantes. No México, o sistema de representação é proporcional e as porcentagens da votação não traduzem exatamente o número de eleitos em cada partido.
O PAN controlava até agora 206 cadeiras na Câmara e esperava aumentar sua representação graças à campanha deflagrada pelo governo para combater os cartéis da droga. Mas o PRI deve emergir das eleições como a maior bancada da Câmara, mais do que duplicando sua representação atual, de 106 cadeiras. As informações são da Associated Press. (Agencia Estado)
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