Giovanni Arrighi apresenta quatro ciclos de acumulação capitalista: a) a fase genovesa, b) a fase holandesa, c) a fase britânica e d) a fase norte-americana. A fase norte-americana entrou em crise, sendo sintomáticas a liberação do dólar do padrão ouro (acordos de Bretton Woods) e a derrota no Vietnã. Essa crise importa um momento importante de transformação na história do capitalismo. É interessante notar que a seqüência de ciclos sistêmicos de acumulação capitalista (a estrutura ou as leis de acumulação capitalista), na leitura de Arrighi, substituiu a noção de Marx sobre a luta de classes como instrumento de propulsor da história (p. 109 et seq).
Arrighi é alvo de críticas de autores como os que advogam uma concepção não-cíclica do capitalismo. A história não mostra uma repetição de ciclos bem identificáveis. E o momento atual é decisivo nesse sentido com o desenvolvimento do Império (rede de domínio decentrado e desterritorializado). Esse Império foi, na verdade, uma reestruturação do modo capitalista de produção para enfrentar a organização territorial do movimento proletário e anticapitalista (p. 239), destruindo qualquer projeto de continuidade histórica do capitalismo.
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